The Lancet torna públicas críticas feitas por vários epileptologistas sobre o Guia recentemente divulgado pelo National Institute for Health and Clinical Excelence (NICE).
O texto da autoria de David Holmes intitula-se «Guia NICE da epilepsia “pode ser prejudicial para os doentes”» e cita Tomis Panayiotopoulos, Phil Smith, Tony Marson e Martin Brodie.
Trata-se de uma polémica em que eminentes clínicos discordam dos critérios usado pelo NICE no que se refere às escolhas que este instituto público adotou ao centrar-se mais em estudos alegadamente de duvidosa validade e por se preocupar mais com custos do que com a experiência clínica.
Aparentemente a discórdia parte do conceito anunciado na referido Guia a páginas 7:
«Estão a ser prescritos cada vez mais antiepiléticos novos e mais caros, pelo que, com o muito provável acréscimo nos custos do tratamento nos anos que se aproximam, é essencial que sejam identificados os fármacos antiepiléticos comprovadamente eficazes em termos clínicos e de custo-efetividade. Os critérios de comprovação (evidence) desenvolvidos pelo NICE [The epilepsies (NICE clinical guideline 20), Newer drugs for epilepsy in adults (NICE technology appraisal guidance 76), Newer drugs for epilepsy in children (NICE technology appraisal guidance 79)] mostraram que não havia diferenças de efetividade entre os novos e os antigos fármacos antiepiléticos, ou entre os mais recentes (em monoterapia), no que respeita ao controlo das crises.»
Para ler o texto NICE epilepsy guidance “may be detrimental to patient care” ver aqui.