Em 2005, a ILAE tinha proposto uma definição conceptual em que epilepsia correspondia a “um distúrbio do cérebro caracterizado por uma predisposição persistente a gerar crises epilépticas”. Esta definição é geralmente aplicada tendo por base o reconhecimento de duas crises epilépticas não provocadas, separadas por mais de 24 horas de intervalo.
O painel actual, liderado pelo liderado pelo Dr. Robert Fisher, propôs em meados 2013 uma definição operacional mais abrangente.
Esta proposta esteve em discussão e aberta a comentários por parte da comunidade epileptológica até Outubro de 2013.
Segue-se uma tradução ad hoc para Português:
Epilepsia é uma doença cerebral definida por qualquer uma das seguintes condições:
1 . Pelo menos duas crises epilépticas espontâneas (i.e. não provocadas) ocorrendo com mais de 24 horas de intervalo.
2 . Uma crise não provocada e uma probabilidade de novas crises semelhante ao risco geral de recorrência após duas crises espontâneas (cerca de 75% ou mais).
3 . Pelo menos duas crises num contexto de epilepsia reflexa.
Por outro lado, considera-se que a epilepsia já não está presente em pessoas que:
1. Tiveram um síndrome epiléptico dependente de idade, tendo ultrapassado a idade em que as crises ocorrem habitualmente nesse síndrome
2. Permaneceram sem crises por pelo menos 10 anos, sem medicação anti-epiléptica, desde que não existam factores de risco conhecidos associados com uma probabilidade elevada ( ≥ 75 % ) de crises futuras .
Notas:
“Já não está presente ” não é necessariamente igual à visão convencional de “cura”.
Diferentes definições operacionais podem ser formadas e utilizadas para vários fins específicos.
O painel considera que esta definição revista de epilepsia aproxima-se dos conceitos empregues na prática clínica pela maioria dos epileptologistas.
Ver texto completo (em inglês no original) em:
http://www.ilae.org/Visitors/Centre/Documents/DefinitionofEpilepsy.pdf