1. Atualização de Boas Práticas: Vigilância de mulheres com epilepsia – a gravidez (uma revisão baseada em provas publicadas): complicações obstétricas e alterações na frequência das crises.
Relatório da subcomissão para os Critérios de Qualidade e da subcomissão para a Avaliação Terapêutica e Tecnológica da Academia Americana de Neurologia e da Sociedade Americana de Epilepsia
C. L. Harden, J. Hopp, T. Y. Ting, et al.
RESUMO Objetivo: Reavaliar aspetos da vigilância relacionados com os cuidados com mulheres com epilepsia (MCE) durante a gravidez, incluindo o risco de complicações e outros problemas médicos durante a gravidez de MCE comparado com outras mulheres, alterações da frequência de crises, risco de estado de mal e taxa de continuar livre de crises durante a gravidez. Métodos: Uma comissão de 20 membros (neurologistas gerais, epileptologistas e especialistas em medicina farmacêutica) estudou uma revisão da literatura baseada em provas e fez a classificação dos artigos publicados entre 1985 e fevereiro de 2008. Resultados: Em MCE a tomar FAE provavelmente não há risco substancialmente acrescido (superior duas vezes ao esperado) de parto por cesariana ou hemorragia tardia da gravidez, e provavelmente não há risco moderadamente acrescido (superior vez e meia ao esperado) de contrações prematuras ou trabalho de parto ou parto prematuros. Há possivelmente um risco substancialmente acrescido de contrações prematuras ou trabalho de parto ou parto prematuros em MCE que fumam. O controlo completo de crises durante, pelo menos, 9 meses antes da gravidez está provavelmente associado com alta probabilidade (84%-92%) de permanecer sem crises durante a gravidez. Recomendações: As mulheres com epilepsia (MCE) devem ser informadas de que o controlo das crises durante, pelo menos, os 9 meses anteriores à gravidez está provavelmente associado com uma alta taxa de controlo de crises durante a gravidez (84%–92%) (Nível B). Contudo, a MCE que fumam devem ser avisadas de que possivelmente têm um risco substancialmente aumentado de contrações prematuras ou trabalho de parto ou parto prematuros na sua gravidez (Nível C).
Neurology® 2009;73:126–132 Ler o artigo complete aqui.
2. Atualização de Boas Práticas: Vigilância de mulheres com epilepsia – a gravidez (uma revisão baseada em provas publicadas): vitamina K, ácido fólico, níveis séricos e aleitamento materno.
Relatório da subcomissão para os Critérios de Qualidade e da subcomissão para a Avaliação Terapêutica e Tecnológica da Academia Americana de Neurologia e da Sociedade Americana de Epilepsia
C. L. Harden, P. B. Pennell, B. S. Koppel, et al.
RESUMO Objetivo: Reavaliar aspetos da vigilância relacionados com os cuidados com mulheres com epilepsia (MCE) durante a gravidez, incluindo o uso de ácido fólico pré-concecional, o uso de vitamina K pré-natal, o risco de doença hemorrágica do recém-nascido, as implicações clínicas da transferência de fármacos antiepiléticos (FAE) pela placenta e pelo leite materno, os riscos do aleitamento e a modificações nos níveis de FAE durante a gravidez. Métodos: Uma comissão de 20 membros estudou uma revisão da literatura baseada em provas e fez a classificação dos artigos publicados entre 1985 e outubro de 2007. Resultados: O suplemento pré-concecional de ácido fólico é possivelmente eficaz na prevenção de malformações congénitas major em recém-nascidos de MCE que tomam FAE. Não há provas seguras de que os recém-nascidos de MCE que tomam FAE tenham um risco substancialmente aumentado de complicações hemorrágicas. A primidona e o levetiracetam provavelmente passam para o leite materno em quantidades que podem ser clinicamente importantes. O valproato, o fenobarbital, a fenitoína e a carbamazepina provavelmente não passam para o leite materno em quantidades clinicamente importantes. A gravidez causa provavelmente um aumento da eliminação (clearance) e uma diminuição da concentração da lamotrigina, da fenitoína e, em menor grua, da carbamazepina, e possivelmente diminui o nível do levetiracetam do metabolito ativo oxcarbazepina, derivado mono-hidróxido. Recomendações: A administração a mulheres com epilepsia de pelo menos 0,4 mg de ácido fólico antes que fiquem grávidas pode considerada (Nível C). Monitorizar os níveis de lamotrigina, carbamazepina e fenitoína durante a gravidez deveria ser considerado (Nível B) e monitorizar os níveis de levetiracetam e oxcarbazepina (derivado mono-hidróxido) pode ser considerado (Nível C). A escassez de provas limitou a força de muitas recomendações.
Neurology® 2009;73:142–149 Ler o artigo complete aqui.
Tradução espontânea de RA